segunda-feira, 28 de março de 2011

PRÉMIO LITERÁRIO SÁ DE MIRANDA

A aluna Beatriz, do 3º ano (turma E) deste centro escolar, ganhou o 2º prémio (dentro do escalão - 1º Ciclo) do Concurso Literário Sá de Miranda.

Este concurso que envolve a área disciplinar de LÍngua Portuguesa da EB2,3 de Amares, numa articulação entre o 2º/3º Ciclos com os Jardins-de-Infância, Escolas do 1º Ciclo e bibliotecas escolares, pretende fomentar e valorizar a qualidade de textos, bem como cativar um maior número de trabalhos a concurso, estabelecendo estímulos através de prémios.

Os objectivos do concurso, entre outros, passam por criar e consolidar hábitos de leitura e escrita criativa, bem como, promover a escrita e valorizar a expressão literária.

Parabéns à aluna!

Aqui fica o texto premiado:


A Menina e a Estrela

Era uma vez uma menina… Querem conhecê-la?
A menina chamava-se Carla, andava na escola e como eu, ela aprendeu e descobriu imensas coisas sobre os astros. Ela tinha um grande sonho. Viajar pelo espaço, mais propriamente pela Via Láctea, conhecer talvez uma estrela…
Uma noite, sentou-se à janela a olhar para as estrelas, como eram brilhantes e cintilantes… Devia ser maravilhoso ser estrela, dar luz e calor às pessoas. E quase a sonhar, pediu um desejo.
Logo de manhã, bem cedo, vestiu-se mais depressa que o habitual e foi a correr até ao jardim. Lá ao longe viu qualquer coisa que não conseguia distinguir mas que brilhava muito. Aproximou-se mais para ver melhor e exclamou:
- Uau! O que é aquilo? Está a cegar-me com tanta luz, parece que tem cinco pontas afiadas…
Ela colocou os óculos escuros, ainda bem que desta vez não se esqueceu da recomendação da mãe que sempre que ela vinha para o jardim lhe lembrava da necessidade de usar óculos de sol, admirada e quase sem palavras gritou:
- É…é…uma estrela!!!
Pouco depois, levou-a para casa, só que lhe caiu uma pontinha. A menina Carla ficou triste mas logo arranjou solução. Foi buscar cola, tinta, pincel e um creme para aliviar a dor. Quando acabou de reparar, a estrela sorriu como só as estrelas sabem sorrir ou seja com um sorriso doirado e disse:
- És muito simpática, não sei com te agradecer.
- Não te preocupes – replicou a Carla.  
- Queres ir dar um passeio até ao espaço? – perguntou a estrela.
- Sim… sim, claro que sim. Mas como vamos? Temos de ter uma nave espacial!
- Eu levo-te comigo, não precisamos de nave. É muito mais agradável viajar segura numa das minhas pontas, consegues ver muito mais. Vais encontrar asteróides, planetas, outras estrelas…
E lá foram a voar, a voar…
A Carla nem queria acreditar que ia conhecer o espaço e ver de perto o que tinha estudado na escola.
Ah! Como ia ser bom quando contasse aos amigos…
Primeiro foram a Marte e encontraram extraterrestres. Depois foram a Vénus, mas não encontraram nada. Em Saturno brincaram muito, até escorregaram nos anéis.
Cansadas regressaram a casa a cantar:
Fui a Marte
Encontrei extraterrestres.
Fui a Vénus
Não havia nada.
Em Saturno, brinquei
E escorreguei nos anéis…
Quando chegaram a casa beberam chocolate quente e foram dormir.
No dia seguinte, a estrela despediu-se da menina com muita pena de a deixar mas precisava de partir pois começava a perder muita luz.
A estrela voou para bem longe, mas todas as noites, a Carla olhava o céu e no meio de milhões de estrelas ela conseguia encontrar a sua estrela pois brilhava mais do que as suas irmãs estrelas. Sempre, sempre a brilhar para a Carla.
E sabem qual foi o desejo dela?
Afinal a Carla desejou ter uma estrela como amiga e com ela construir uma grande amizade.